O Amor é uma das poucas palavras que ninguém vai ao dicionário pra descobrir o que significa. Não por saberem o que é, e sim por que quem escreveu o dicionário foi outro ser humano, que com toda certeza não tinha ideia do que estava fazendo. Filósofos e poetas insistem em explicar tal sentimento, de uma forma tão complexa e usando palavras tão pouco usuais, que tomamos essas descrições para nós, e se nos perguntam do que se trata o amor, logo respondemos que é o fogo que arde sem se ver, ou citamos alguma música do Roberto Carlos.
Então vem a pergunta que não quer calar. O que de fato é o amor? Se eu fosse um padre responderia que o fato de Jesus não ter ordenado que os pregos caíssem para que ele descesse da cruz, é amor, o maior de todos talvez. Se ainda fosse uma criança eu diria que amor, é a mãe que não abandona ou bate no filho, quando ele se suja inteiro por acreditar no comercial da Omo. Se eu já fosse mãe, amor seria ficar feliz em sentir dor, para por pra fora uma ser, que faria com que nunca mais eu dormisse uma noite inteira.
Provavelmente o amor mais, falado, cantado, recitado e inexplicável, é o que nasce por uma pessoa que não tem laço nenhum conosco, não é o pai, a mãe, o filho, o irmão e nem sequer morreu na cruz por nós. É só uma pessoa qualquer que nos esbarramos por ai, e do nada passa a ter uma importância na nossa vida. E nosso objetivo desde então e conseguir que ele seja feliz, ai pode ter certeza é amor. Onde não há egoísmo existe amor.
O fato é que não sei quem foi o maluco que inventou o amor, por isso não existe descrição perfeita pra ele, então cada um que faça a sua. Hoje me contento nas dúvidas, nos poemas exagerados, nas músicas de Roberto e Erasmo e nas comédias românticas hollywoodianas.
Única certeza que tenho sobre o tema, Nelson Rodrigues já até escreveu. Se acabar meu amigo, pode ter certeza que não era amor mesmo. Amor é uma verdade comprovada, e o verdadeiro tem a mania de ser eterno.
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