Julia Bonisson


Tem dias, em que o nosso coração quer paz! Chega de ficar todos os dias pensando na mesma pessoa, na mesma coisa, e sofrendo pelos mesmos motivos. o coração merece uma folga, mas nós mesmos não permitimos isso! É quase inevitável pensar na mesma pessoa o dia inteiro, no amor da sua vida, ou até mesmo em alguém que só te pisa, só te faz mal, mas você ama! E de um jeito ou de outro, o seu coração quer pensar nessa pessoa, nesse sentimento, e essa vontade parece crescer cada dia mais! Tudo isso é meio confuso, mas com o tempo nós aprendemos com a vida, que nem sempre tudo o que amamos, é o que nos faz bem. Um dia a gente aprende a dar paz ao nosso coração. 


Xoxo, Julia Bonisson.

Dulce Maria


Neste mundo de disfarces e máscaras, o mais puro torna-se confuso e fica difícil distinguir o real do trivial, o banal do essencial. Às vezes uma zanga é mais honesta que um sorriso disfarçado de mentira, uma palavra dura é mais sincera que um carinho fictício que se dissolve na rotina da vida. Às vezes não damos valor a honestidade das pessoas que ainda mantém a verdade, nos deixamos levar pelo o que dizem os outros, fica mais fácil de acreditar nas pessoas com disfarces. E no fim, quando já ninguém tiver um disfarce, quando apenas fique sua vontade de amar, talvez você se veja sozinho, repousando os dias de sua vida em que encontrou o amor e o deixou passar, em que encontrou a lealdade e não soube valorizar, porque era mas simples flutuar que arriscar de verdade, que se entregar até o final. Não deixe que enganem você, observe com muita atenção depois de simplesmente olhar. 

Julia Bonisson

Você não vale um poema, um verso, a rima incompleta, uma letra para a melodia que se repete no silêncio. Não vale. Você não vale a madrugada desperdiçada, o amanhecer no sofá, a febre, o vômito, o grito, uma fotografia rasgada, um caderno queimado, os cabides quebrados. Não vale. Você não vale o corte riscando o pulso, um punhado de remédios, os CDs tristes, um solo de violão, a mão por horas sobre o telefone, a espera, um carro no poste, um soco na parede, o vaso jogado no chão, você não vale. Não vale um espelho trincado, o copo atirado, o lamento atravessando a cidade, o palavrão. Não. Você não vale o tempo esquecido, a teimosia da busca. Mas eu lhe procuro. Ainda. Eu escrevo versos, faço poemas. Eu amanheço na febre, acelero contra a parede, ouço discos arranhados, engulo comprimidos em punhados. Eu vomito. Você não sabe, não imagina. Mas eu não aprendi. Eu ainda faço tudo por alguém que não vale nada.


Xoxo, Julia Bonisson.

Julia Bonisson

Eu era só uma adolescente em busca de respostas. Lembro-me bem, uns treze anos de idade, perdida e assustada. E como dizem por aí que quando temos problemas devemos ir ao psicólogo, busquei um, pensando que encontraria soluções. Eu nunca tinha me aberto pra ninguém, com muita dificuldade disse um pouco do que me atormentava, achando que valeria a pena e que era necessário. E o que a psicóloga me disse foi o seguinte: passe um batom, uma maquiagem, se sinta mais bonita. Passe uma maquiagem? Meu mundo caindo e a psicóloga dizendo pra eu passar maquiagem? Nunca mais voltei lá, e pra piorar, me senti mais incompreensível ainda, nem sequer uma psicóloga me entendia! Ouvia frequentemente dos adultos que aquilo que eu sentia não era nada e que quando crescesse ia piorar, que eu não tinha responsabilidades e contas pra pagar. Eu cheguei a achar que estava tudo perdido, pois, se tão novinha que eu era, estava me sentindo daquele jeito, e se a tendência é piorar cada vez mais, de fato, chegaria um dia que não teria espaço no meu corpo pra tanta dor. Mas agora, que o tempo passou e a dor não cresceu, estive olhando pra essa época, e só pude chegar a tais conclusões. Não há dor igual à da adolescência, simplesmente não há, não digo que é a maior dor nem a menor, é uma dor única e imensa, e que eu não menosprezo nem um pouco. Os adultos acham que ninguém sofre mais que eles próprios, mal sabem o mal que tão fazendo ao não dar a devida importância à dor dos filhos, e veja, não é pra tratá-los como crianças sem doce, mas sim como pessoas em uma transição muito difícil. Todo mundo olha para a adolescência como uma fase de futilidades e babaquices, e confesso que na minha própria adolescência eu via as pessoas da minha idade como idiotas (sim, eu era muito revoltada), mas deve-se entender que é uma fase onde todos estão buscando uma identidade, um lugar onde se encaixar, e a própria futilidade dos adultos faz-se refletir nos pobres adolescentes. Eis que eu era adolescente e não me encaixava em nada, pra completar fui arremessada num mundo que eu não conhecia, sentia coisas que eu mal sabia que existia, era como um prédio desabando sobre uma pequena joaninha! E ainda me vem uma psicóloga dizendo que a solução pra todos meus problemas era a maquiagem, olha só a raiz dessa cultura de aparências, o dinheiro e a beleza resolverá todos seus problemas. Mas eu não dava a mínima pra isso, e acabei desistindo da ajuda alheia, desajustada e com poucos amigos, esquisita, caí várias vezes por tentar me equilibrar em cordas bambas, busquei refúgios em perigos, no meu próprio caos cresci. E no fim consegui sobreviver à minha adolescência. 


Xoxo, Julia Bonisson. 

Julia Bonisson


Talvez um dia eu case e possa me arrepender, mas não antes de experimentar o mesmo cobertor, numa cama que eu possa chamar de nossa. Porque arrependimento pode também não haver. Com passos firmes eu entrarei, quem sabe, em uma editora, num jornal e pedirei que consigam um emprego bacana pra mim, correndo o risco de ouvir um não, seguido de outro, mas que um dia se tornará em sim. Pintarei o cabelo de chocolate, loiro mel, ameixa, mesmo correndo o risco de detestar a cor. Mas não pintar, nunca vai me dá a lembrança da experiência. Quando eu sair do teto da minha casa maternal, que eu sinta saudades, mesmo jurando de pés juntos hoje que nunca vou sentir. Tomarei um porre de frente pro mar pra acabar com essa ideia louca de que isso é cool, ou pra ter certeza que é realmente cool. Vou pintar as paredes de rosa, e enjoar, querendo logo depois um azul anil, um violeta. Escolherei ter mais paciência em setembro, mais disciplina, mais responsabilidade. Em outubro, vou escolher ter menos paciência que muitas vezes imobiliza, menos disciplina que amorna a vida e menos responsabilidade pra não ter cara chata. 


Xoxo, Julia Bonisson. 

Amanda Torres

E na verdade o que tava lhe perturbando? No fundo, ela sabia que aquele espelho rachado não responderia. Ele só mostraria sua bonita face, seus cabelos ruivos encaracolados, sua pele branca. Com leves sardas por falta de proteção ao sol. Logo aquele a quem ela mais admirava tinha lhe deixado marcas. "Será que tudo que mais gosto vai me ferir?" pensava e imediatamente joga uma água na cara, para despertar. Deixa o banheiro com suas falsas conclusões e voltou ao seu lugar em uma mesa no canto e retoma sua leitura. Lá encontrava o silêncio que permitia que sua alma viajasse. De repente escuta o barulho da porta se abrindo. Entra um belo rapaz, aparentemente, muito cansado, que desperta sua atenção. Mas não era sua beleza que fez lhe fixar seu olhar esverdado nele, tinha algo mais e que invadiu o seu ser, estagnando e esquecendo de tudo o que pensava. Queria de alguma forma se aproximar e ao mesmo tempo não demonstrar sua ansiedade. Ela se levanta. Senta novamente. Suas mãos não se controlam. Falha na tentativa de não deixar transparecer nada. Ela só queria saber o porquê de seu corpo reagir daquela forma. Precisava descobrir quem eras e o que trazia consigo. Acabou tornando-se uma necessidade primária. Já que não tinha mais capacidade para nada.Ela desejava a aproximação de qualquer jeito. Parou o tempo, uma carta que carregava na manga que usava só em emergências. A aceleração mostrou que aquela era uma. Reajustou os lugares e pessoas de tal maneira que só sobrasse espaço em sua mesa. Tentou se acalmar e voltar para seu livro. Esperou, com o coração na boca.

Julia Bonisson

Qualquer coisa que você faça será insignificante, mas é muito importante que você o faça. Você pode não saber qual é o significado da sua vida, e não precisa. Precisa apenas saber que ela significa alguma coisa. Toda vida tem um significado, mesmo que dure 100 anos ou 100 segundos. Toda vida tem. E cada morte, muda o mundo do seu próprio jeito. Ghandi sabia disso. Ele sabia que sua vida significava alguma coisa para alguém, em algum lugar, de alguma forma. E ele sabia com muita certeza que ele jamais saberia o significado dela. Ele entendeu que viver a vida, deve ser mais uma grande preocupação, do que um entendimento. E eu também. Você pode não saber, então não leve isto por certo, não leve isso muito a sério. Não adie o que você quer, não deixe que nada o impeça. Apenas tenha certeza, de que as pessoas com que você se preocupa saibam. E tenham certeza do que você realmente sente, porque só assim tudo pode acabar. 


Xoxo, Julia Bonisson. 

Tati Bernardi


Nós nunca daríamos certo. Por mais que eu tenha me esforçado todo o amor que eu consegui fazer brotar dentro de mim não foi o suficiente. Só o meu amor não foi o bastante. Eu quis, eu desejei, eu esperei, eu acreditei, eu amei... e como eu amei. Mas cheguei ao meu limite. O meu mais alto grau de amor nunca iria suprir essa deficiência de sentimentos. Não aguentei ter que sustentar tudo sozinha. Eu até poderia ter suportado se eu tivesse recebido alguma migalha do seu amor. Isso bastaria pra mim, isso teria sido o necessário pra que eu continuasse disposta a lutar por nós. Seria humilhante, mas seria o suficiente. Te dei tudo o que tinha, me esgotei e teria ficado feliz com uma migalha, mas nem isso eu tive. E agora é cada um na sua, você me parece normal, ou o que é pior, me parece feliz. Enquanto eu, não tive nenhuma de suas migalhas, mas me tornei uma. Não sinto, não vejo, não mudo... a parte viva de mim que sobrou só tem você. Nem meu resto me pertence. É seu, tudo seu. Sempre foi. E acho que nunca será diferente. Que amor é esse? Que me desgasta, que me corrói. E quando acaba? Se é que acaba. Enquanto isso eu espero, me definhando aos poucos.


Deve haver um jeito...


Primeiro, quero aprender o jeito simples do abraço, da palavra dita no momento certo e o sorriso aberto pra um recém conhecido. Quero acreditar que nesse mundo tem montão de gente de coração bonito, de coração de carne e que sangra igual ao meu. E depois, quero acreditar que, pra certas coisas, ainda tem jeito. Quero acreditar que tem jeito pra emagrecer, jeito pra resolver um problema, jeito pra ser mais forte, e que tem jeito ainda de ser otimista. De ser bom. Jeito pra acabar com conveniências. Deve haver um jeito da felicidade se tornar lei. Deve ter jeito de não complicar as relações, de dizer fácil 'caramba, eu gosto de vc.' 'ei, eu preciso de um tempo só.' Deve ter um jeito de ser mais sensível, deve haver um jeito de beber menos, de dançar mais. Deve ter um jeito de dizer a verdade sem machucar, e um jeito de não recorrer pra mentira. Deve, deve sim haver um jeito pra doer menos, pra ser mais. Deve ter um jeito pra que nossa estrela não se apague. E um jeito pra caminhos que ficaram tortos. Quero acreditar que há jeitos de tornar muita coisa melhor, que há modos de ser melhor.

NÃO QUIS TE MAGOAR


Acordo e meu coração fica mudo. É quando lembro que magoei você. Magoei e não sei porque não soube parar quando a cena me pediu "stop". Não sei se foi pela euforia que eu me encontrava, pela noite perdida. Porre eu sei que não foi.  Acordei e e silenciei porque o coração doeu. Quero te ver de coração inteiro, e me estraçalho se te arranco um pedaço. Nunca, nunca, nunca quis te magoar. Sabe o que eu queria? não ter perdido o controle, e sim ter gargalhado, ter dito que aquilo tudo era uma enorme bobagem. Queria não ter perdido a linha. Mas eu erro. Todas as falhas cabem em mim. O que me guia é essa força de consertar, de me aproximar. Jurei, jurei bem baixinho quase chorando que o de ontem nunca mais. Que ontem foi só ontem e hoje tou inteira e de frente pra você. Linda aqui pra te receber com todo o carinho que me preenche. 
Porque quando a gente ama, dá um jeito. Cuida do jardim, fica atento pra podar ervas daninhas que ameaçem nascer. Constrói casa, dá colo. Quando a gente ama, a gente faz. A gente faz muito pra pessoa ser feliz, a gente desperta pra vida pra fazer o outro mais feliz.

NAMORADO



Qual garota nunca foi dormir pensando: porque todas as minhas amigas tem namorados lindos, carinhosos, fofos e companheiros e eu não tenho? A resposta é unica. TUDO TEM A SUA HORA! O que será melhor pra você, virá na hora certa! O ser humano sofre de imediatismo, quer tudo no seu tempo, e eu aprendi que esperar é o melhor remédio. Nem sempre o nosso Edward Cullen vem num Volvo prateado, muitas vezes você tem que beijar o sapo, e esperar um bom tempo para ele virar o seu príncipe! E o que há de errado nisso? Ao meu ver nada. O amor bate na nossa porta no tempo certo e não cabe a nós decidir quando será o tempo certo. Cabe a nós esperar, e quem sabe nos dar oportunidades para ser feliz, mas nunca, nunca querer colocar o cavalo na frente dos bois. O segredo é saber esperar pelo melhor. 

"Learn to wait for good things in life, and certainly they will come to you!"